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13/08/2004
Chacaça envelhecida como os melhores vinhos

A cachaça está subindo cada vez mais no conceito dos paladares sofisticados.

Prova disso é a sortida prateleira que a loja de bebidas finas e importadas Vinhedo’s tem dedicado à nossa legítima aguardente nacional. “Há cerca de um ano percebemos que o mercado natalense está mais receptivo à cachaça, a aceitação cresceu e o preconceito diminuiu”, diz o proprietário Roger Chaves.

A loja dá preferência, é claro, aos rótulos mais qualitativos entre os apreciadores - ou interessados em saber mais sobre os prazeres da boa cana. São 20 rótulos diferentes ao todo.

Nomes como Volúpia e Serra Limpa, Nega Fulô (RJ), Germana, Salinas, Seleta, Mata Verde, Boazinha, e a potiguar Vila Imperial de Papary. A região que mais se destaca na produção das bebidas mais apreciadas ainda é a de Salinas, Minas Gerais, seguida pela Paraíba.

Roger destaca o cuidado que as cachaças vêm dispensando a itens como a embalagem e a produção, a fim de valorizar o produto. “Algumas embalagens são em porcelana ou cerâmica, que se tornam belos itens de presente”, diz. A Volúpia, por exemplo, é conservada em barris de carvalho, assim como os melhores vinhos.

Cana-de-açúcar

Já a mineira Mata Verde possui uma produção limitada, com uma colheita selecionada de cana de açúcar, e submetida a um envelhecimento em tonéis de madeira de umburana e jequitibá, o que garante todo sabor e “buquê” na hora da degustação.

Não à toa, Roger afirma que muitos degustadores de destilados tradicionais (conhaque, uísque) tem aderido à cachaça, sem preconceitos. “Até as mulheres estão aderindo”, conta. Os preços variam de R$9 até 50 reais por garrafa. A Mata Verde pode ser degustada diariamente no local. Há também opções em miniaturas de 50 ml.

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