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19/06/2002
Diminui número de multas por embriaguez

O número de multas por embriaguez expedidas em estradas federais vem caindo consideravelmente. Segundo dados da Polícia Rodoviária, em todo o ano passado, esse tipo de infração foi registrado 1.168 vezes nas rodovias do Rio Grande do Norte. Nos primeiros seis meses deste ano esse número foi de apenas 72.

Quando são comparados os dados referentes à média mensal o resultado é ainda mais impressionante. Os números mostram que em 2001, 97 motoristas foram multados, a cada mês, por estarem dirigindo sob efeito do álcool. A média calculada de 2002 é 12. Uma redução de 87,7%.

Para o chefe do setor de comunicação da PRF, inspetor Cabral, a principal razão dessa redução é a rigidez do novo código de trânsito e o alto valor da multa a ser aplicada nesses casos, cerca de R$ 957. "Percebemos que, por ser uma quantia relativamente alta, os motoristas estão mais atentos e evitam infringir a lei."

Além disso, ele lembra outro fator que pode ter contribuído para essa diminuição. O fato da infração se configurar um crime de trânsito. "O condutor autuado em flagrante é levado para a delegacia e vai ser obrigado a responder a um inquérito policial", disse Cabral.

Pelo Código Nacional de Trânsito, a quantidade máxima de álcool que um motorista pode ingerir antes de dirigir é de 100 decigramas por litro de sangue. O que equivale a uma cerveja ou uma dose de uísque. Inspetor Cabral ressalta, no entanto, que esse não é um parâmetro fixo. "Depende de uma série de fatores orgânicos como metabolismo, peso corporal e até nível de estresse."

Apesar dos progressos, a estrutura da PRF para fiscalizar as estradas e tentar inibir a ação de motoristas irresponsáveis é deficiente, segundo o próprio chefe de comunicação do órgão. O número de policiais rodoviários está defasado em cerca de 60%. "Hoje são cerca de 140 policiais na ativa. O número ideal seria de, pelo menos, 220".

Com relação à quantidade de postos e de bafômetros, ele afirmou que não há muitos problemas. "Temos oito postos de fiscalização e em cada um dispomos de um bafômetro. Por enquanto é suficiente."

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