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A exposição Novos Américos, uma das ações do projeto “Paraíba com
Memória – Etapa Pedro Américo”, promovido pelas TVs Cabo Branco e
Paraíba e pelo JORNAL DA PARAÍBA, com apoio da Subsecretaria de Cultura
do Estado, tem atraído muita gente a Areia. Até ontem, mais de mil
pessoas haviam passado pela coletiva dos artistas plásticos do
município, no casarão José Rufino, que termina no dia 30 de julho.
De
acordo com o secretário de Turismo e Eventos do município, Ney Vital, a
cidade está sendo visitada por turistas de outras regiões do Estado, do
Brasil e também do exterior. “Recebemos gente da Holanda, da Rússia,
dos Estados Unidos e da Argentina, além de pessoas da capital, de
Campina Grande e de Patos, que vêm à cidade para ver essa exposição”,
explica Vital.
Ney Vital diz que esta exposição é muito
importante para o município de Areia, que continua rico em cultura e
arte, e para os artistas, que têm como referência a obra de Pedro
Américo. A opinião do secretário é compartilhada por José Mário, um dos
participantes da exposição. “O evento está servindo para divulgar o
trabalho dos artistas locais, pois muita gente de fora tem visitado a
exposição”, afirma.
Para
João Carlos Oliveira, artista plástico com mais de 30 anos de carreira
e que participa da exposição Novos Américos com dois quadros, este é um
momento histórico para a cultura do Estado. “Além de resgatar a
importância de Pedro Américo, o evento está abrindo espaço para que
outros artistas da cidade possam mostrar sua produção e, a partir
disso, criar uma galeria permanente”, conta.
Walfredo
Rodrigues, outro artista que participa da exposição com dois quadros em
óleo sobre tela, diz que o evento é importante porque estimula e dá
visibilidade aos artistas da cidade. “Aqui tem muita gente que produz,
mas que vende um trabalho para poder fazer outro. Essa exposição é um
incentivo a mais para que os artistas locais não parem de produzir”,
comenta.
Pedro
Américo viveu pouco tempo na Paraíba. Brilhou no Rio de Janeiro e na
Europa. Doutor em Ciências Físicas pela Universidade de Bruxelas, na
Bélgica, se aperfeiçoou em pintura em Paris. Retornou ao Brasil e se
tornou professor de desenho da Academia Imperial das Belas-Artes. Seu
retrato foi colocado na sala de pintores célebres da Galeria degli
Uffizzi (Florença).
Foi pintor, desenhista, caricaturista,
professor, escritor e deputado federal pela Paraíba, mesmo sem fazer
comício ou pedir votos. Pintou, entre outros, os quadros “Batalha do
Avaí” e “Independência ou Morte: Grito do Ipiranga”, o trabalho mais
conhecido. Tentou a carreira literária com a publicação de Holocausto,
Na Cidade Eterna e O Foragido, mas não repetiu o sucesso das artes
plásticas.
Data | Título |
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