08/11/2002
Venda paralela aumenta o preço dos abadás
Basta folhear as páginas dos classificados dos jornais ou acessar os sites especializados nesse comércio para perceber a alta no preço da mercadoria. Há uma variedade de ofertas, cujos preços são "salgados". Enquanto um abadá do Nana Banana da sexta-feira, por exemplo, é vendido na sede do bloco por R$ 110,00, no mercado paralelo, o mesmo abadá não fica por menos de R$150,00.
Há pessoas que já se especializaram nesse tipo de negócio. A motorista Fa-bíola Santos, 21 anos, é um bom exem-plo disso. Ela comprou 30 abadás do Nana Banana e, a um mês do início do carnaval fora de época, já vendeu tudo. "Coloquei anúncios nos classificados. Meu lucro foi além de R$ 300,00", contou Fabíola Santos.
A alta está diretamente ligada ao fechamento dos lotes de fantasia dos blocos. O Caju com Sal e o Cocobambu já esgotaram as vendas há mais de dois meses e por isso o preços dos abadás no mercado paralelo subiu. No entanto, todos os outros oito blocos oficiais continuam vendendo os abadás. A Destaque, empresa promotora do Carnatal, aconselha os foliões a comprarem as fantasias nas sedes dos blocos para evitar produtos falsificados.
Quando o assunto é preço alto, nenhum outro bloco supera o Cocobambu, que é puxado pelas bandas di Maçã e Asa de Águia. Até quem não é especialista nesse mercado tenta tirar algum proveito. "Comprei por R$ 250,00, mas estou vendendo por R$ 450. Não vou poder brincar, mas quero lucrar", disse a bíologa Kaline Costa, 27anos.
A secretária Maria de Fátima Alencar, 25 anos, vende abadá do bloco desde o ano passado. Dessa vez, ela está disponibilizando quatro fantasias. "Estou vendendo barato. Vi anúncio por até R$600,00. Cobro apenas R$ 400,00."
