23/05/2003
Novos cinemas em Natal
De acordo com o superintendente do shopping, Fernando Lessa, os atrasos aconteceram por diversos fatores, como problemas técnicos com a obra, atraso da Prefeitura e Corpo de Bombeiros na liberação de autorizações para a construção e a demora nas negociações com a empresa que será operadora do multiplex. Ao contrário do que havia sido divulgado anteriormente, a distribuidora responsável pelas salas de exibição será a Circuito Passos, a quarta maior do País.
Nesse ‘ranking’, em primeiro lugar está o Cinemark e em segundo o Grupo Severiano Ribeiro, que detém duas salas em Natal. No início do projeto, seria a Top Filmes que seria a administradora dos cinemas, entretanto, as negociações não avançaram, como afirmou o superintendente do shopping.
A mudança de operadora resultou em mudanças no projeto. O número de assentos, por exemplo, diminuiu. "Demos prioridade ao conforto dos espectadores, por isso escolhemos poltronas mais largas, com 57 centímetros", afirma Lessa. Em todas as salas também existirão cadeiras especiais para obesos, além de algumas destinadas a casais de namorados, em que as divisórias são articuladas. Ao todo, serão 1.200 assentos, 100 menos que o previsto inicialmente. A proposta de manter uma sala exclusiva para filmes de arte, entretanto, continua. Será a menor do multiplex, com 100 lugares.
"Estas salas vão revolucionar o modo de ver cinema em Natal", analisa o superintendente do shopping. Para ele, o alto investimento que está sendo feito fará a diferença. São aproximadamente R$ 2,5 milhões só de equipamentos. Além dos projetores de última geração, três das salas terão som digital e todas contarão com moderna acústica.
Ainda em estudo, há a proposta de oferecer para o público natalense sessões em horários diferenciados, como no turno matutino e durante a madrugada. "Estamos pensando em fazer sessões corujão de quinta a sábado, para aproveitar essa característica de nossa praça de alimentação que não tem horário para fechar." Entretanto, Fernando Lessa explica que tudo isso dependerá da aceitação do mercado.
Para Lessa, o público potencial é muito grande, já que Natal possui apenas três cinemas. Questionado se o surgimento de novas salas traria um preço mais acessível aos ingressos, o superintendente disse não ter controle sobre isso. "Mas eu acredito que a concorrência deva gerar preços mais baixos", analisou. Como argumento ele utiliza o caso de Aracaju que possuía apenas duas salas de cinema e com a chegada de dois multiplex, os preços reduziram 20%.
Cine Nordeste
Ainda é um mistério o futuro do cinema Nordeste, localizado na Cidade Alta. Desde outubro do ano passado que o imóvel foi posto à venda. O lance inicial pedido era de R$ 750 mil. Até o momento, entretanto, nenhuma negociação foi anunciada.
O VIVER tentou questionar o locatário do prédio, o empresário Moacir Maia, mas ele estava impossibilitado de falar por problemas de saúde. Moacir Maia também está à frente dos cinemas Rio Verde, em Petrópolis.
