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Pelas novas regras, o órgão recomenda que não se use "animais humanizados, bonecos ou animações, que possam despertar a curiosidade ou a atenção de menores", bem como "cenas, fotos, ilustrações e sons que apresentem a ingestão do produto (bebida)".
Além disso, qualquer pessoa que figure em anúncios do setor deverá ser e parecer maior de 25 anos. Especificamente para as cervejas e o vinho, o novo código recomenda que, em peças publicitárias em TVs abertas ou por assinatura, evite-se a exploração do erotismo.
O Conar criou também uma regulamentação específica para o segmento de bebidas ice, misturas já prontas do tipo coquetel. Estabelece que, sempre que essas bebidas forem apresentadas em peças publicitárias junto com as marcas-mães (do uísque de que são compostas, por exemplo), os anúncios terão de respeitar as normas para a publicidade de bebidas destiladas.
As novas regras começam a vigorar em 90 dias.
As novas regras para a publicidade de bebidas alcoólicas foram aprovadas na sexta-feira passada (12/9) pelo Conselho Superior do Conar, o órgão máximo da entidade e que reúne 21 profissionais de agências, veículos de comunicação e anunciantes.
Entre os publicitários, o consenso é mesmo de que o Conar tenha se antecipado aos poderes Executivo e Legislativo, que vêm discutindo novo tratamento legal para as bebidas alcoólicas. A lei atual deve ser alterada, por tratar de um produto cujo consumo exagerado hoje é visto também como um problema de saúde pública.
Segundo o Conar, dados do Ministério da Saúde dão conta de que 10% dos brasileiros consomem álcool de forma inadequada, colocando em risco a própria saúde e a comunidade em que vivem. O ministro da Saúde, Humberto Costa, coordena um grupo interministerial que discute o consumo de álcool no país.
Na prática, o Conar se alinha a uma tendência que já vem sendo seguida por alguns anunciantes do setor. A Skol, por exemplo, marca que pertence à AmBev, já veicula uma campanha que recomenda aos seus consumidores que, depois de beber, usem um táxi em vez de dirigir. Os fabricantes de bebidas em geral (alcoólicas e não alcoólicas) investiram R$ 373,15 milhões em propaganda em 2002, enquanto todo o setor de publicidade movimentou R$ 13 bilhões.
A AmBev, dona das três marcas de cerveja mais consumidas no país, investiu R$ 122,8 milhões em publicidade no ano passado, tornando-se o terceiro maior anunciante do país.