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Com isso, Guilherme Estrela ratificou a disposição já manifestada pelo presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, de a empresa financiar a obra do gasoduto — orçada em R$ 86 milhões — em troca do passivo ambiental que deve ao Rio Grande do Norte. Além do gasoduto, outros dois pontos foram abordados na reunião: o destino da Termoaçu e os créditos que o Estado tem a receber da companhia a partir de subsídios concedidos pelo Progás.
Termoelétrica
No que diz respeito à Termoaçu, projeto no qual a Petrobras mantém sociedade com o consórcio Guaraniana e cujas obras foram paralisadas recentemente, o diretor Guilherme Estrela garantiu o empenho da empresa para a retomada da construção da termelétrica e o cumprimento do prazo previsto para a sua conclusão — dezembro de 2005.
A suspensão das obras da Termoaçu é conseqüência da indefinição do governo federal quanto ao preço de compra da energia gerada no sistema termelétrico. Quanto aos créditos do Progás, que totalizam cerca de R$ 32 milhões, em decorrência de incentivos concedidos pelo Estado à companhia petrolífera, Estrela solicitou prazo até a próxima sexta-feira (31/10) para emitir um posicionamento ao governo estadual.
Os créditos solicitados pelo governo vão servir para fomentar o crescimento industrial do Rio Grande do Norte, em especial nas áreas de produção que utilizam o gás natural como insumo.
A governadora Wilma de Faria considerou proveitoso o saldo da reunião dessa terça-feira (28/10). No que se refere ao gasoduto, ela ressaltou a importância da obra para as duas regiões que serão atendidas pela rede, não só no aspecto econômico, mas também ambiental. Sob o ponto de vista econômico, ela lembra que o empreendimento vai oferecer uma nova alternativa energética à indústria cerâmica, possibilitando uma redução de até 50% no desperdício de energia (comparando-se com o uso da lenha, atual combustível das cerâmicas das regiões).
Com o gás, fica mais fácil controlar a temperatura dos fornos e isso diminui o tempo da queima, aumentando ainda a qualidade do produto final. Por outro lado, arremata a Governadora, o advento do gás natural vai frear o desmatamento registrado principalmente no Seridó, na medida em que vai minimizar a extração de lenha.
O gasoduto Assu-Seridó terá uma extensão total de 310 quilômetros, partindo do Vale do Açu até o município de Jucurutu, onde terá duas ramificações: Jucurutu-Caicó e Jucurutu-Currais Novos. Em Caicó, partirá um outro ramal que abastecerá a cidade Parelhas. Todo o gás será proveniente de um outro gasoduto já existente, o Gasfor, que leva o gás natural de Guamaré (RN) para Fortaleza (CE).
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