31/05/2002
Nova-iorquinos bebem e fumam mais após os atentado
Cerca de 25% dos entrevistados em outubro e novembro de 2001 disseram que estavam bebendo ``mais do que o usual, de acordo com uma pesquisa feita por telefone junto a 988 moradores de Manhattan. Quase 10% afirmaram que estavam fumando mais cigarros do que o normal e 3,2% admitiram que aumentaram o consumo de maconha, afirmou David Vlahov, um epidemiologista da Columbia University que conduziu a pesquisa.
``As pessoas usaram o álcool e drogas para ajustar-se à nova realidade, ressaltou Vlahov. ``Esse foi um modo de copiar.
As descobertas, que serão apresentadas em 1o. de junho no American Journal of Epidemiology, serão utilizadas para pedir dinheiro ao governo federal para aliviar tais problemas, acrescentou ele. Outros estudos mostraram altas taxas de depressão, ansiedade e pânico entre as crianças de escolas da cidade Nova York após os atentados e traumas psicológicos entre os residentes de Lower Manhattan.
Resultados preliminares de um estudo seguinte junto a 2,7 mil pessoas na cidade de Nova York, New Jersey e Connecticut mostraram uma queda no uso de álcool e maconha, embora o uso de fumo permaneça mais alto do que os níveis de antes dos atentados de 11 de setembro, comentou Vlahov.
``Houve um aumento no uso de cigarros que não havíamos visto em desastres anteriores, ressaltou Vlahov. ``A maioria das pessoas que está fumando são também as pessoas que tendem a estar mostrando sintomas de estresse pós-traumático.
Etresse pós-traumático é uma ansiedade associada à exposição a cataclismos e eventos que ameaçam a vida. Os sintomas, que podem aparecer meses ou anos após o evento, incluem pesadelos, depressão e ataques de ansiedade.
Vinte por cento dos nova-iorquinos que vivem ao sul de Canal Street em Lower Manhattan sofreram trauma psicológico relacionado aos atentados aos World Trade Center, de acordo com pesquisa da New York Academy of Medicine junto a 1.008 residentes de Manhattan divulgada em março.
Um estudo encomendado pelo conselho de educação da cidade e divulgado em 1º de maio descobriu aumento de trauma entre oito mil estudantes mais de seis meses após os atentados.
